Review: Need For Speed Rivals

Disponível para PlayStation 3 (versão analisada), Xbox 360, Xbox One, PlayStation 4 e PC.

O gênero corrida nos videogames está entre os precursores nesse meio que tanto amamos. Enduro, no Atari, tal como outros similares, veio ao mundo antes mesmo de Super Mario, do gênero plataforma. Jogos de corrida já existiam antes mesmo dos jogos de aventura, de passar de fase. É curioso ressaltar isso, em todas as épocas dos games, existem mais games de outros gêneros do que de corrida. Mas os de corrida são mais antigos, foram inventados antes. Os primeiros games do gênero consistiam em "sobreviver" a trajetos com obstáculos mortais e curvas fechadas que poderiam levar o piloto à morte. Depois, vieram jogos que realmente faziam jus ao nome "corrida" nos quais você precisava completar o trajeto na frente de seus rivais. Esse gênero se desenvolveu com o tempo, e ganhou uma característica hoje muito comum, concebida originalmente por Mario Kart: o uso de itens e poderes para atrapalhar os adversários. Aí vieram os simuladores, que queriam se destacar pelo realismo que traziam, apresentando carros mais realistas e características físicas e de dirigibilidade diretamente importadas do mundo real. Mais tarde, com a febre do "tunning" proporcionada pelo cinema (em especial a série de filmes "Velozes e Furiosos") esses games de simulação adotaram um ar mais "urbano", trouxeram opções de personalização, conflitos com a polícia, etc, chegando ao ápice de emoção que uma corrida pode ter.

Com o tempo, esses três sub-gêneros dos jogos de corrida (simulação, trapaças e tunning) se estabeleceram com força no mercado de games, a ponto de cada um criar seus estereótipos. Não por parte dos jogadores, mas por parte das próprias desenvolvedoras. Se o jogo tem personagens pequenos, coloridos e caricaturados, os veículos obrigatoriamente são canos horizontais com quatro rodas onde o corpo inteiro do personagem fica para fora, e eles usam de "poderzinhos" pra atrapalhar os adversários (a fórmula do Mario Kart foi chupada ao extremo); Se é de carros reais, quando o cenário for um autódromo ou pistas oficiais, 99% das chances é que este jogo seja simulador, com trocentos modelos diferentes de carros que sempre são um caminhão de pesados nas curvas e de dirigibilidade complexa. Se o cenário for urbano ou então em ambientes externos, aí o game provavelmente será tunning, vai ter polícia, carros velozes, etc.

Passam os anos e essas três ramificações do gênero corrida mantém as mesmas características, dificilmente mudando uma vírgula se quer. Como dito, estereótipos criados pelas próprias desenvolvedoras. Você pode pegar um game de corrida de um console diferente, de uma produtora diferente, de uma época diferente, e com 5 minutos de gameplay notará que é sempre a mesma coisa. Se os FPSs se mantém a séculos sem novidades, nos jogos de corrida é a mesma coisa. E qual a semelhança? Em ambos os gêneros, a gente sempre acaba ficando curioso e experimentando um ou outro título de maneira aleatória. E felizmente, em algumas dessas vezes acertamos na loteria e descobrimos um Warface ou Need For Speed Rivals da vida.

E comigo foi assim mesmo: de maneira aleatória, eu deslizava o mouse pelo Soft Games quando me deparei com o tal do "Need For Speed Rivals". Dei um Ctrl+D e joguei num canto, quando finalizasse o download que eu estava fazendo naquele momento, baixaria o Need. E tenho que dizer que jogar esse game foi sem igual, o título foi um dos que mais valeram a pena em 2013. Não tem 950 novidades, não é um poço de inovação, mas possui um toquezinho especial que faz você se apaixonar por ele logo nos primeiros minutos de gameplay. Posso até gostar de games de corrida, mas admito não ter muita habilidade com os mesmos. Simuladores, devo ter jogado uns 3 minutos de Gran Turismo na minha vida toda, até quebrar o DVD e jogá-lo no lixo. Num Mario Kart até me viro, ao passo que não consegui completar Midnight Club 3: DUB Edition Remix no PlayStation 2 (game que gosto muito) tal como sua sequência Midnight Club Los Angeles, de PS3, não terminei Need Carbon e se quer consegui passar da primeira corrida do Most Wanted de 2005 mesmo com umas 10 tentativas. Mas Rivals me fez gostar tanto dele a ponto de eu não desistir, continuar tentando e insistindo, até zerar. Vambora que já enrolei demais, vamos dissertar sobre Need For Speed Rivals.

O JOGO

NFSR é um game de corrida tunning lançado em novembro de 2013 para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, e em 2014 também para PS4 e Xbox One, produzido pela Criterion Games (que abraçou a franquia Need For Speed há alguns anos) e distribuído pela EA do poderoso Battlefield e do gigante FIFA. Ao resenhar sobre o game, não vou ficar apontando o que mudou e desmudou em relação aos anteriores pois não sou um profundo conhecedor de Need For Speed, analisarei Rivals como Rivals.

Logo ao iniciar o jogo, você escolhe se quer jogar como corredor ou como policial. Minha reação ao ver isso:

"MEU DEUS DO CÉU NÃO ACREDITO DÁ PRA JOGA CA PULICIA FODA DEMAIS" ~~aí descubro que no Hot Pursuit de 2010 já dava pra fazer isso. ¬¬ Continuando...

Você faz um tutorialzinho passando por uma missão de cada lado, ganha umas dicas e explicações sobre como o jogo funciona, então pode partir para o abraço e jogar do lado que quiser, podendo alternar quando bem entender. Detalhe: não é fazer corridinha normal com carro de policial, é jogar como policial mesmo, prendendo os corredores e fazendo missões mais "corretas". Mas jogar como corredor é muito mais emocionante claro, então acabei nem terminando o capítulo 2 do lado policial, de modo que quando eu for citar os tipos de missões e possibilidades do jogo, mais adiante, me referirei do ponto de vista de quem joga como corredor.

O jogo é mundo aberto e não faz distinção entre singleplayer e multiplayer. Tem o mundo, que é bem grande, com as missões, os policiais, os outros corredores, tudo certinho. A diferença é que conectado na internet e juntando vários amigos, os jogadores podem jogar juntos nesse mundo, fazendo missões juntos, tirando rachas mano a mano ou até jogando como facções rivais, tipo eu corredor e você policial, daí você tenta me destruir (no jogo diz prender, mas pra isso eles destroem com o carro dos outros). Sem internet você faz tudo isso, mas contra a inteligência artificial do jogo mesmo.

Esse mundo do jogo é uma ilha, constituída de quatro regiões: a dos gramados, a florestal, a desértica e a de neve. O problema é que as divisões entre as regiões não são leves, suaves, mas sim bem bruscas, por exemplo, você está na região da neve, numa noite ultra escura, e do nada você se depara com um desertão ensolarado... é muito estranho. Deveria haver uma área de "transição climática" entre as regiões. Claro que o jogo não é inteiro natureza, há umas cidadezinhas espalhadas pela ilha. A exploração é limitada, você só pode trafegar pela estrada normal, por atalhos ou então entrar em terrenos e espaços cuja cerca ou murro o seu carro consiga arrebentar ou quebrar ao entrar em contato. Áreas com aquela proteção metálica ao lado da pista não podem ser acessadas, pode dar com o carro na máxima velocidade que a proteção não quebra. Há locais com rampas para você dar super saltos, quando você der um salto nesses locais preste bem atenção onde vai cair, pois se for com muita força pode cair numa área que não é para ser acessada e acabar morrendo não por cair errado, mas por programação mesmo. Felizmente, o sistema de respawn do game é bom e em grande parte dos momentos o seu carro vai resetar certo na pista. Mas claro, acontece de você respawnar virado na contra mão de vez em quando. O mais engraçado é quando você cai de um penhasco, e ao respawnar o carro "cai" na pista ao invés de simplesmente surgir nela.

Mas e como funciona o jogo? Como joga, o que tenho que fazer? Bem, Need For Speed Rivals funciona da seguinte forma: O jogo é dividido em capítulos, e cada capítulo apresenta várias opções de Speedlists. Speedlists são tabelas de objetivos, você sempre pode escolher uma entre três, então seleciona a que tiver os objetivos que você achar melhores pra você. Uma linha contém três speedlists, você seleciona uma delas, e ao concluir, passa para a próxima linha, onde vão haver mais três e de novo você vai selecionar e concluir uma só, passando para a linha seguinte e assim sucessivamente. Cada capítulo possui duas ou três linhas de Speedlists, ou seja, são duas ou três Speedlists por capítulo. Entre esses objetivos, pode ter, por exemplo: "Ouro no evento tal", "Ouro no evento tal", "5 batidas laterais em policiais", "Escape de 2 perseguições". Completou tudo, vai para a próxima. Se não estiver gostando da sua Speedlist atual e quiser trocar por uma das outras duas, pode, mas vai perder seu progresso nela. Ao escolher uma, tem que terminá-la se quiser progredir no game.

Em Rivals, a "moeda" é a pontuação, denominada SP, ou Speed Points. Você ganha eles concluindo os objetivos das Speedlists, concluindo as próprias, terminando missões e realizando façanhas enquanto dirige, como passar pertinho de outro carro, fazer curvas perfeitas, completar com sucesso os saltos, etc. Não se engane, não é "dirigir certinho", é "dirigir desafiando a morte", fazendo coisas arriscadas na estrada. Os SP conquistados são utilizados para comprar novos carros, tuná-los e também para comprar Tecnologias de Perseguição (TP).

As TPs são os "itens" que os carros podem equipar, e servem para ter uma vantagem nas corridas e atacar/atrapalhar os oponentes. Todo carro tem dois slots de TP, podendo assim equipar duas TPs em si. As TPs são:

• OC (Onda de Choque): Faz um "boom" em volta do seu carro que afasta os demais, e em níveis mais fortes até os joga para longe. Não tente usar isso na intenção de ferir oponentes que estão à sua frente com o intuito de ultrapassá-los, pois você só irá empurrá-los mais pra frente ainda.

• MA (Mina Atordoante): O carro solta uma mina de sua traseira, deixando-a na pista. Quem passar sobre ela será eletrocutado.

• CE (Campo Eletrostático): A saia do carro projeta uns choques por alguns segundos, quem encostar neles leva dano e fica um pouco desnorteado.

• Turbo: Todo mundo sabe o que é turbo.

• PEN (Projétil Eletrônico alguma coisa): Uma carga elétrica que um carro dispara pela sua dianteira, acertando a traseira do outro. É um pouco difícil de usar o PEN, pois você aperta o botão e então uma mira é travada no carro adiante, e ela começa a focalizar. Só quando estiver totalmente focalizada, o projétil é disparado, mas se você não ficar com seu carro alinhado ao do oponente, a mira não focaliza, e como numa corrida estamos sempre desviando disso e daquilo e fazendo curvas, é realmente difícil alinhar-se com um oponente. Há um limite de segundos para focalizar, se não focalizar logo o disparo falha. O PEN nesse jogo é tipo aquela habilidade nos jogos de luta que todo mundo te estupra com ela usando contra você e você nunca consegue usá-la nos outros.

• INT (Interferência): Solta uma onda de rádio que afeta todos os veículos próximos, impedindo eles de usarem suas TPs e também obstruindo seu radar, assim fazendo com que não saibam para que lado seguir em momentos de encruzilhada. Muito útil quando alguém está focalizando um PEN em você, basta tacar isso e cancela o tiro dele.

Quando você vai equipar TPs em seu carro, como já dito, só é possível equipar duas. Porém, é possível adquirir quantas quiser, e equipar as que desejar. "Desequipar" não faz você perder a TP. Só que, as compras de TP não são coletivas, ou seja, para cada veículo você tem que comprar. Você não compra um Turbo em um carro e vai ter em todos. Vai ter que comprar individualmente. Dependendo do carro, é possível comprar TPs de níveis maiores, exemplo, "Onda de Choque Nível 2". Os primeiros carros do jogo só permitem que você compre e equipe o nível 1 das TPs, já carros mais fodásticos podem ir até o nível 4. Quanto maior o nível, mais efetivo é o uso da TP (exemplo, Onda de Choque mais forte, Interferência mais demorada, Turbo mais longo, etc.) além de mais munição para a TP. Você não usa sua TP à torto e direito quantas vezes quiser, tem um limite, tipo 2 Turbos, ao usar 1, tem um tempo de recarregar e aí pode usar o outro, aí acaba, precisando passar por uma oficina ou esconderijo para recarregar. Em um TP de nível maior, o tempo de recarregar diminui e vem com, por exemplo, 5 turbos.

No mapa do jogo, além das missões, há ainda os esconderijos e oficinais, que mencionei anteriormente. Os esconderijos são o ponto de partida do jogo, e o local mais importante também. Todos os SP que você conseguir lá fora, tem que voltar no esconderijo e depositar, pois se o seu carro for destruído ou você for preso, seu contador de SP volta à zero. O que você tiver de SP salvo, é seu, ninguém mexe, você só perde gastando. Mas o que você ganhar lá fora, tem que trazer de volta ao esconderijo, pois se te ferrarem você perde tudo. Não precisa correr depositar a cada 2000 SP que você ganha, até por causa do multiplicador, que é tipo um "x2 x3 hits" dos jogos de luta, quanto mais tempo você fica lá fora mais ele aumenta, fazendo você ganhar 400 SP quando ganharia 200, ou 3000 quando ganharia 1500. Ao entrar no esconderijo pra depositar SP, o multiplicador também reseta. Aí é meio que uma relação "ganância-segurança", você pode ficar mais tempo lá fora e se arriscar a ganhar mais, ao mesmo tempo em que está sujeito a perder o que já tem. Quando julgar que tem uma quantidade boa, vá a um esconderijo e deposite. Só não precisa ficar fazendo isso a cada 3 minutos. Esses "esconderijos" nada mais são do que atalhos pro menu do jogo, onde você seleciona as Speedlists, compra novos carros, tuna, compra e equipa TPs, etc. Ou seja, onde você faz o jogo andar. Você vai pra fora pra fazer aqui dentro progredir para que lá fora progrida. Sempre que terminar uma Speedlist, tem que ir até um esconderijo para computar seu resultado e pegar a próxima. Dica importante: o jogo salva quando você SAI do esconderijo e volta para a rua, não quando você entra no esconderijo. Aconteceu comigo de eu terminar uma Speedlist bem difícil e juntar uns 60000 SP, ir no esconderijo e sair do jogo, e depois ir jogar de novo e ter que fazer a Speedlist tudo de novo. Quando quiser parar de jogar, vá ao esconderijo depositar seus SP e SAIA DELE, aí feche o jogo. Ah, e entrar no esconderijo, ser preso ou ser destruído só reseta o multiplicador, não a Speedlist. Não precisa escolher uma e sair lá fora pra fazê-la toda de uma vez. Você só precisa se preocupar em voltar pro esconderijo pra deixar seus SP, pois se for preso ou destruído você os perde, mas a Speedlist fica normal, o progresso nela só é perdido no caso de trocar de Speedlist mesmo.

Voltar aos esconderijos também restaura o carro e repõe as munições de TP, porém, ao fazer isso durante uma missão você perde seu progresso na missão, afinal os esconderijos não são lugares, são um menu. Então, para estas situações existem as oficinas, que são postos espalhados pelo jogo, onde basta você passar dentro delas e seu carro é consertado na hora e a munição de TP é reabastecida também. As oficinas são muito úteis nas missões da metade do jogo pra frente, onde o clima fica realmente agressivo e os oponentes lhe atacam com brutalidade mesmo. Você se encontra em situações onde os carros resistentes são lentos, enquanto que os que são rápidos o suficiente para vencerem a corrida parecem ser de plástico. Ficar atento às oficinas presentes nos percursos dessas missões é essencial, pois acredite, em um minuto de missão já estão te matando, e você só consegue terminar a corrida com as oficinas te healando ao longo do percurso.

Falando nos carros, NFS Rivals possui uma quantidade boa de carros, não tem mil tipos, aquele exagero, mas tem o suficiente. Cada carro possui cinco atributos:

• Durabilidade: Nada mais é do que o life do carro. Quanto maior a durabilidade, mais dano eles podem tomar até serem destruídos.

• Força: O quanto de dano o carro causa em outros veículos em batidas, colisões e pancadas.

• Controle: A dirigibilidade do carro, quanto mais tiver, melhor será para fazer curvas, virar, etc.

• Aceleração: O arranque do carro, o tempo que ele leva pro "0 a 100 Km/h". Quanto melhor a aceleração, mais rápido o carro "decola" quando está em baixa velocidade.

• Velocidade máxima: O máximo em Km/h que ele pode atingir.

Esses atributos são representados por números de 1 a 10, e cada atributo pode levar até 5 upgrades. A diferença é que a velocidade máxima de uns com os cinco upgrades feitos é a velocidade inicial de outros sem nenhum upgrade, por exemplo. Além dos atributos, todos os carros possuem um tanque de nitro, no qual você segura o botão específico e o nitro vai queimando aos poucos, fazendo o carro atingir velocidades maiores. O nitro é algo fixo e não tem upgrades, alguns carros queimam-no mais rápido, outros mais devagar. Dirigindo, o nitro vai se recarregando, e passando por uma oficina ou indo ao esconderijo ele enche completamente também. Dica: não adianta querer queimar nitro quando se está com pouca velocidade, que o carro não vai fazer milagre. Pra isso tem o Turbo, bateu o botão específico, o carro pode estar parado que ele vai sair feito tiro de canhão. O nitro é algo utilizado para acelerar o trabalho do motor, use-o quando você já estiver em uma velocidade boa, e ele fará o carro ir mais rápido ainda. Não adianta querer arrancar com o nitro, não dá em nada.

Os carros do game são desbloqueados conforme você vai completando Speedlists e capítulos, mas isso não significa que eles são seus. Você os desbloqueia, mas para tê-los precisa comprá-los com SP. A personalização em Rivals também é muito básica, só umas pinturas e adesivos, nada daquela coisa complexa que tinha nos outros, como grossura de pneus, aerodinâmica, levantar, rebaixar, nada. Você upa os atributos dos carros para deixá-los melhores, e a personalização é só umas corzinhas e tal.

Os gráficos do jogo são lindíssimos, tudo muito colorido e vivo. Há muitos efeitos de poeira e partículas, com os terrenos reagindo aos carros cada um à sua maneira. A pintura dos carros, os amassados e riscos em sua lataria após um bom tempo dirigindo sem os consertar, é tudo muito real. Os ambientes são todos muito bonitos e bem trabalhados, é uma pena passarmos por eles tão rápido. E falando nisso, a sensação de velocidade é ótima. Em seu lançamento, o game foi muito criticado por ser travado a 30 FPS em todas as plataformas (inclusive no PC), mas isso não atrapalha em nada a sensação de velocidade sentida ao largar um turbo numa reta. Rivals não é um jogo de 60 FPS capado a 30, ele foi projetado para ser jogado em 30, portanto a transição de frames não causa impressão de lentidão ao jogador.

A questão sonora me deixou boquiaberto. Logo no início do game, já na primeira corrida, o pega começa assim:

O que eu não suporto nesses games é que 80% das músicas são hip-hop e rap, e em Rivals não, tem vários sucessos Pop e eletrônicos na trilha do game. Mas o que me conquistou mesmo, foi o seguinte: você pode colocar as SUAS músicas no jogo, isso mesmo, acelerar pela ilha de Rivals OUVINDO A SUA PRÓPRIA TRILHA FUCKING SONORA. É SEM IGUAL. Quando você está dando um rolê sem compromisso, ouvindo País do Futebol do MC Guimê, quando você está numa decida e toca a City Escape do Sonic Adventure 2, quando a polícia vai na sua cola e encaixa certinho com o trecho "...entre táticas e correria, com os cara em cima, nosso piloto era bom...", e cruzar uma linha de chegada com a "Jump" do Van Hallen... são sensações impagáveis. E pra fechar tudo isso com chave de ouro, o game ainda é dublado em português! Os diálogos entre os policiais como "Controle, solicito bloqueio, o cara está escapando" entre tantos outros, ficaram muito bons. Além das cutscenes do jogo, que dão um "fodeza" incrível ao título, com telas de computador mostrando acidentes e rachas enquanto um corredor e um policial falam entre si. No começo pode não parecer nada, mas vá jogando pra ver o que vai acontecer entre eles e o clima que esse jogo começa a tomar. É-FODA-DEMAIS!

THE END

Prós: Ótimos gráficos, muitas missões para fazer no mundo aberto, sendo portanto um game que dura bastante tempo, jogabilidade bem projetada, recurso de trilha sonora personalizada.

Contras: Ausência de um modo multiplayer local.

Considerações finais: Need For Speed Rivals pode não ser um poço de inovações, como citei lá em cima, mas é um game que sabe ser espetacular à sua maneira. Todo o conjunto da obra é simplesmente, ah eu não gosto de ficar usando essa palavra em excesso, mas é foda mesmo! Vale demais a pena ser jogado. O game tem ainda mais detalhes minuciosos que preferi não relatar no review para deixar pra vocês descobrirem ao jogarem e abrirem aquele sorriso de "Nossa, como eles pensaram nisso!" Tal como foi comigo. Rivals foi uma das mais gratificantes surpresas dos últimos tempos. Recomendado!

Review originalmente postada no fórum The Triforce Alliance em 14 de Dezembro de 2013.