quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Papo sobre indústria gamer, remasterizações, novos consoles e comportamento


Quem me conhece sabe que sou alguém que fala o que pensa. Sou portador de opiniões que muitas vezes podem soar ásperas em relação a certos assuntos, mas não hesito em expressá-las, mesmo que tais perspectivas não sejam do agrado de algumas pessoas. Inclusive, por vezes, sinto a necessidade de colocar esses pontos de vista na mesa, mesmo que o circo pegue fogo e eu entupa meus pulmões com a fumaça, pois se meu argumento conseguir gerar lucidez na mente de meia dúzia que o leram, já terei a sensação de dever cumprido.

Assumi o desafio de escrever um dos textos mais “cutucadores de onça” da minha vida. Tanto é que o fiz em partes ao longo de vários dias, diferindo do meu habitual de me sentar, escrever tudo de uma vez, ilustrar e postar. Tamanha a incomodação que vou causar com o que vou dizer aqui, não pude me dar ao luxo de me deixar levar por emoções ou de deixar brechas para más interpretações. Precisei fazer algo muito bem articulado, para que a recíproca de quem ler seja toda baseada em contra-argumentação, e não em puxar fios que eventualmente deixei soltos.

E claro, se você não consegue conviver com a existência de indivíduos que discordem de você, sinta-se à vontade para mudar de site agora mesmo. Não te obrigo a ler o que escrevo, mas exijo que, caso você leia, opine sobre o que escrevi com educação e bons argumentos.

Já vou começar me identificando de cara: sou jogador de PC. Só com essa linha eu garanto que você, jogador de console, já me odeia. Nem precisei desenvolver meu ponto de vista, nem deu tempo na verdade, porque só de saber que eu jogo no computador, você já me considera seu inimigo. Eu dei uma chance antes pra mudar de site caso você não conseguisse engolir pessoas com pensamento diferente do seu, você decidiu continuar lendo, então agora aguente firme e ouça o que eu tenho pra dizer.

Durante toda a minha vida eu joguei em vídeo games. Do Super Nintendo ao PlayStation 3, a maioria dos grandes momentos gamísticos que já vivenciei foram segurando um controle e sentando há alguns metros de uma TV. As aventuras que esses aparelhos me proporcionaram não me fazem sentir outro sentimento senão o de alegria, e o estilo de jogos que joguei neles moldou meu perfil gamer atual. Mesmo atualmente jogando no computador, continuo tendo preferência pelos mesmos gêneros que gostava de jogar nos consoles. Então não, não virei um viciado em Counter-Strike e nem tenho Civilization como principal passatempo nas horas vagas.

Porém, a migração para outro tipo de plataforma (atenção aqui, não é meramente outra plataforma, mas outro tipo de plataforma) me permitiu ver as coisas por outro ângulo e refletir sobre diversas características da indústria gamística, de como ela funciona e de como, mesmo não parecendo, somos nós, jogadores, que temos o controle sobre ela.

Eu sempre fui alguém que pensa demais naquilo que gosta. Sendo os games a minha maior paixão, é muito difícil que eu passe uma sequência longa de horas do dia sem pensar neles. Não me refiro que penso em jogá-los propriamente, como um viciado que não vê a hora de pegar o controle de novo, mas penso sobre eles em si, sobre como o título X emprega bem aquela nova mecânica, ou como o jogo Y está sendo muito aguardado, ou como a empresa Z está divulgando o novo trailer de seu blockbuster. Esse tipo de coisa. Eu penso muito sobre como os jogos eletrônicos “acontecem”, e como seus “atos” refletem nos jogadores e em suas opiniões.

Não me considero um analista, pois analistas estão sempre de olho no futuro. Minha praia é avaliar, criticar e opinar sobre o presente, tornar o presente algo lúcido e esclarecido, na intenção de orientar corretamente o barco enquanto ele ainda navega, pois se tem algo que me frustra é quando as pessoas só entendem processos pelos quais passaram depois de terem passado. É de suma importância compreender o que acontece enquanto acontece, para poder agir de maneira a fazer com que aquilo “aconteça melhor”.

Um exemplo: as remasterizações de jogos. Começaram sutis, com versões mais bonitas de The Last of Us e Tomb Raider para a nova geração, e como num piscar de olhos, de repente todos os grandes títulos da geração passada encontravam-se remasterizados para os atuais vídeo games. Hoje, essa prática foi adotada massivamente pelas indústrias, e a culpa disso não é delas, de “empurrarem pra nós esses jogos reciclados”. A culpa é nossa, por comprarmos isso e - pasmem - pedir por mais. Sim! Enquanto você esbraveja num canto de um fórum dizendo que Skyrim Special Edition é um ultraje, tem outros dez caras pedindo pra Rockstar fazer remaster de Red Dead Redemption em algum vídeo do canal da produtora no YouTube.


Adianta reclamar agora? Não! O que são deslikes em vídeos de trailer e comentários raivosos no IGN comparados a milhões de dólares que essas reciclagens geram na receita das produtoras? Nada. A merda está feita, a prática foi consolidada e não vai desaparecer tão cedo. Então o que você pode fazer a respeito? “Não comprar o jogo”. Simples e óbvio. Porém, eu vou contar uma coisa pra você: você não se envolver em algo, não quer dizer que aquilo não te afete. Você pode até não comprar esse tipo de jogo, mas muitos outros irão comprá-lo, e com isso a indústria vai entender (ou já entendeu) que esse tipo de coisa tem demanda e gera lucro. Uma das consequências, por exemplo, é o tempo e pessoal que uma grande produtora deixa de direcionar para inovação e criação, e coloca no setor de recauchutagem de jogos antigos. Você pode não comprar o remaster, mas aquele novo jogo pelo qual está aguardando provavelmente será adiado e lançado com bugs pelo simples fato da empresa estar ocupada com um remaster naquele momento. Entende como não é cada um por si nesse barco?

Essa é a importância de compreender os processos enquanto acontecem, porque depois que já aconteceram não dá pra reverter.


Outro assunto que começou a ser extremamente debatido por volta do final da geração passada, e que se tornou irritantemente recorrente, são as questões de gráficos e framerate. Nunca se falou tanto disso quanto agora. E o pior é que a maioria dos que brigam por isso, não entendem nem o porquê de estarem brigando. Quando se fala de gráficos, existem três tipos de jogadores: aqueles que não ligam, aqueles que ligam e entendem, e aqueles que ligam, mas não entendem nada. O último tipo é o mais barulhento.

Aliás, em outras oportunidades, eu já falei como os barulhentos são perigosos. Eles fazem qualquer causa parecer fútil, e tornam qualquer exigência uma “coisa de gente chata” pela maneira arrogante com a qual querem empurrar aquilo goela abaixo de todo mundo. Um exemplo que citei foi justamente o caso dos jogadores de PC, pois uma minoria que se comporta como infantilóides espalham a imagem enganosa de que toda a comunidade PC gamer é irritante, “não joga nada” e “só liga para gráficos”. Um dos resultados do “trabalho” dessa gente é a fama que a Master Race tem hoje, sendo conhecida como “a busca pela máquina perfeita opressora que humilha todo e qualquer hardware e jogador inferiores a ela”, diferente do real propósito da causa, que é o do gamer que procura o melhor desempenho para seu jogo, sendo esse “melhor” um conceito particular de cada um.

No caso dos apreciadores de gráficos no geral, os barulhentos são aqueles que não entendem nada, mas querem ser os donos dos maiores números. Esse tipo é muito comum não só nos jogos, consumidores burros existem em todos os setores de tecnologia, aqueles que querem sempre possuir o equipamento com as configurações de números mais elevados, sem qualquer conhecimento do quê aqueles números representam. É mais ou menos como o pessoal que comprou as primeiras TVs 4K: “ah, tem mais resolução, então é melhor, né?”. E quando um entendido fala pra eles que as portas HDMI 1.4 daquelas TVs inferem numa taxa de atualização de imagem muito menor e, consequentemente, uma imagem pior, querem ficar nervosos. Pois bem, essa é a massa consumidora dominante no mercado.

Nos games, os barulhentos conseguiram espalhar o (pre)conceito de que “quem liga pra gráficos não joga nada” (o que eu acho uma tremenda hipocrisia, pois nessa visão, eu devo me preocupar com a história, com a jogabilidade, com a trilha sonora, mas os gráficos não, pra esses eu tenho que literalmente “cagar”). Aqui, quem não liga pra gráficos já faz inimizade na hora com quem é mais exigente nesse assunto. Isso acontece porque, de tanto os ignorantes ficarem brigando por “quem tem a resolução maior”, enchem o saco de quem já não se importa com isso, e a discórdia é plantada. Os mais prejudicados, no entanto, são aqueles que se importam com gráficos e entendem do assunto, pois quando querem explicar ou exigir algo, se passam por chatos, e são taxados como “falsos gamers”. Olha, não tem nada de errado em querer que todos os aspectos do jogo que eu comprei estejam ótimos. Só que jogabilidade, enredo e trilha sonora são iguais para todos os jogadores, enquanto que os gráficos variam de acordo com cada máquina. Portanto, é perfeitamente natural quem entende ficar comparando e, obviamente, reclamar do que está faltando no visual da versão X ou Y do game.

O problema está quando as pessoas erradas querem reclamar de algo. Veja bem: é natural que qualquer jogador queira jogar tudo ou ter acesso a tudo, faz parte do nosso desejo de conhecer e se aventurar pelas mais variadas experiências. Mas não é assim que funciona. Ou você tem muito dinheiro e pode comprar todas as plataformas, ou você escolhe uma, elogia e enaltece suas qualidades, mas aprende a conviver com seus defeitos. No caso do PC, eu tenho que viver sem Uncharted 4. É, faz parte, joguei toda a trilogia no PS3 e agora não irei jogar o capítulo final da saga até que um amigo compre e me convide para jogar em sua casa. E no caso dos consoles, sinto muito… mas console não é lugar pra se reclamar de gráfico.

O choro é livre: PCs são constantemente atualizados com incontáveis opções de peças. E mesmo quem não faz upgrades frequentes em seu computador ainda executa os jogos com um desempenho superior a qualquer videogame. Pode comprovar: quem comprou placa de vídeo nova quando o PS4 e o Xbox One foram lançados, ainda não precisa substituí-la. Já videogames param no tempo, e no caso dessa geração que já foi lançada com hardware defasado, somando à birra que os jogadores de console resolveram fazer sobre gráficos, o resultado é a baboseira que estamos vivenciando agora: uma nova geração de consoles nascendo na metade de outra, com o PS4 Pro e o Xbox Scorpio sendo as “opções para os gamers mais exigentes”. Não caia nessa.


Ambas, Sony e Microsoft, mestras, mas mestras mesmo, nível Yoda, em fazer marketing, estão divulgando seus novos produtos como “opções”, e afirmando que seus consoles atuais continuarão tendo todo o suporte, mas quem entende um mínimo de hardware sabe que não é isso que vai acontecer. Em pouco tempo, esses aparelhos substituirão os videogames atuais. Tanto o XOne quanto o PS4 já contam com várias “cagadas técnicas” em seus portfólios, inúmeros jogos que não se mantém aos 30 quadros por segundo (o que já é uma meta baixa para os dias atuais), muitos que nem em Full HD rodam direito, e as fabricantes vêm querer dizer que os novos aparelhos são “opções”? E ainda, que vão rodar jogos em 4K nativo, quando nem a placa de vídeo mais potente do mercado atualmente consegue fazer isso direito? Não nos insultem, nós não somos burros.


Ah, agora eu taquei mais uma pitada de revolta. Mas é verdade. Quem não entende de gráfico ou de hardware, vai querer contestar? E quem entende, vai discordar? É isso aí. Esperto é o cara que liga pra gráficos e joga no PC, pois ali a plataforma dispõe de todo um leque de ajustes para que o jogador sempre extraia o máximo de sua máquina. E quem joga em vídeo games e não se preocupa com gráficos está tranquilo também, vai continuar jogando os jogos que lançarem, ficar na sua e deixar que o circo pegue fogo. Mas os barulhentos, ah, esses vão sofrer. Eles caem no marketing das empresas, ficam na expectativa por aqueles novos vídeo games que vão sair, porque aquilo vai ser o futuro da tecnologia. “Esse novo vídeo game vai ser a máquina suprema e definitiva para jogos”, o pobre coitado pensa.

Filho, vídeo game deixou de ser o hardware de ponta para jogos há uns 10 anos, ou mais até. Hoje ele pode ser considerado um “equipamento para jogos”, mas não é a plataforma definitiva e muito menos suprema. E pare de contestar porque já tá feio.

“Ah mas PC tem muito jogo bugado”. Fato é que hoje em dia todas as plataformas recebem jogos bugados, com problemas de funcionamento e framerates oscilantes. Só que a mídia ganha muito bem pra não fazer auê quando algo assim acontece nos consoles, e como o PC não tem um “dono” pra fazer o mesmo por ele (afinal a Microsoft e seu Windows não tem nada a ver com os lançamentos e lucros de jogos de PC), só o Arkham Knight de PC é bugado. Afinal Dark Souls 3, Assassin’s Creed Unity, Just Cause 3, Watch Dogs, Halo: Master Chief Collection, Fallout 4, The Witcher 3, The Division, todos estes são lindos nos consoles, nunca tiveram problemas, têm um gameplay extremamente suave e nunca precisaram de mais de 10 MB de updates. Não é mesmo? Consoles são perfeitos, nossa, eu até me arrepio quando falo.

O pior de tudo é o efeito de “freio” que eles surtem pra quem joga no PC. Vários games tiveram a qualidade de seus visuais reduzida na versão de computador para que não houvesse disparidade com os consoles, que não conseguiam aguentar tais gráficos. Há ainda casos piores, em que os games chegam desnecessariamente pesados no PC, com placa nenhuma conseguindo rodá-los direito, só para mostrar como os consoles são poderosos em rodar aquilo sem tais problemas. Aí você pega jogos exclusivos de PC, como o sempre citado ARMA com seus visuais beirando o realismo, e consegue rodá-los melhor e com mais qualidade do que rodaria um port de um jogo comum de console, como Mafia 3, por exemplo.

Não quero, de maneira nenhuma, entrar no discurso da “vitimização”. Isso são fatos, e como vivenciador destes fatos e jogador da plataforma que sofre com eles, tenho o direito de me expressar. Mas o que eu estou querendo dizer com tudo isso? Novamente, o mesmo ponto: estamos todos no mesmo barco. Indiferente da plataforma na qual joguemos, todos somos gamers. E TODOS somos afetados pelas decisões ruins que a indústria adota.


Estes novos consoles “de meio de geração que na verdade são de nova geração”, não serão benéficos pra ninguém. E eu lhes digo o porquê. Eles simbolizam a “PCzificação” dos vídeo games. O hardware que precisa ser atualizado em poucos anos, os jogos com diferentes ajustes de qualidade gráfica, essas coisas assim, é a galera do PC que tem que se preocupar. Vídeo game, em sua essência, é uma alternativa mais simples e fácil ao jogo, direcionada ao usuário que só quer inserir seu game e sair jogando. Quando você tira isso desse usuário, está tirando o motivo de ele ter optado por aquele equipamento. O modo como os consoles funcionam, em matéria de interface e afins, pode continuar parecido, mas o tratamento que estão recebendo da indústria está mudando. E esse novo modelo não vai ser bom pra ninguém, porque:

- Quem não liga pra gráficos vai ser obrigado a comprar o novo console, já que eventualmente o equipamento básico que já possui passará a ganhar cada vez mais versões mal acabadas dos jogos.
- Quem se importa com gráficos mas não entende nada vai continuar reclamando que os gráficos não estão de acordo, afinal, os novos consoles também serão tecnologicamente defasados e também não vão superar o PC, portanto, esses aparelhos não vão servir para satisfazer essa gente.
- E quem faz questão de ter gráficos de ponta e entende como tudo funciona, vai continuar no PC, pois sabe que esses novos consoles não passam de uma piada, em matéria de hardware.

Por isso, eu tenho um apelo a fazer. Se você aprecia gráficos e altas taxas de quadros por segundo, dê uma olhada em alguns vídeos sobre o assunto, como tudo funciona, o que é preciso para manter determinado padrão visual, etc. Estude um pouco sobre o tema. Não vai te consumir mais do que uma hora. E em seguida, opte pelo PC. Sério, no PC você vai ter esses gráficos que você tanto quer. Melhores, até. E deixe os consoles para quem realmente é jogador de vídeo game, quem não se importa em ter sempre os visuais mais perfeitos, não quer aprender sobre coisas técnicas e só quer jogar seu jogo em paz. Fazendo isso, você irá contribuir para que a indústria volte a tomar seu rumo correto: foco em gráficos de ponta + boa otimização nos computadores, e foco em boa otimização e inovação criativa nos vídeo games. Porque cada equipamento tem seu público alvo, mas quando as pessoas estão com o equipamento errado para si, não tem como a indústria agir com ordem, e o resultado não vai ser outro senão a bagunça na qual nos encontramos atualmente.

Só abrindo um parênteses para a Nintendo, temos que dar os parabéns a ela. Eu venho criticando muito a empresa nos últimos anos, mas é preciso admitir que ela, entre as três gigantes, é a única que de fato tem pensado nos vídeo games como vídeo games, e que tem trazido a eles as inovações que eles realmente precisam ter, mais do que gráficos absurdos. Com seu Wii, ela foi precursora na jogatina com movimentos do jogador no mundo real. Com o Wii U, apostou no controle tablet, que mesmo não tendo todo o seu potencial utilizado, conseguiu introduzir formas criativas e diferentes de se jogar, especialmente no multiplayer. E agora com o Nintendo Switch, a japonesa irá apostar na experiência que pode ser levada no bolso e depois continuada em casa na tela grande. Esse é o tipo de inovação criativa que os vídeo games, os Consoles, com C maiúsculo, precisam. A corrida gráfica fica nos PCs. É claro que todas as plataformas podem, e devem, apresentar experiências visualmente incríveis para os jogadores. Mas disputar onde está a melhor sombra, quem renderiza a maior distância, quem roda num framerate maior, poxa, isso é coisa de comparação de placa de vídeo, definitivamente não faz parte do “mundo console”.


Encerro por aqui, reforçando a ideia central do texto: estamos todos no mesmo barco, e é preciso saber pilotá-lo corretamente antes que ele afunde. Não vamos entrar em águas desconhecidas para que uma tempestade nos desoriente, precisamos entender como esse mar funciona agora, para que a melhor rota seja adotada daqui em diante.

4 comentários:

  1. Eu não te odeio por ser jogador de PC, eu só te desprezo... calma, calma, eu tô zuando! HAHAHAHAHAHA
    Desculpa, não resisti, vou tentar comentar o resto mais sério.
    Maravilha! Ao começar a leitura eu deixei uma anotação aqui pra falar sobre o Switch, muito bom que vc mencionou ele no final. Eu li em algum lugar algo tipo "Sony e Microsoft estão se esforçando para fazer PCs ruins enquanto a Nintendo se preocupa em fazer consoles inovadores". Foi uma das maiores verdades que li, junto com o "Esperto é o cara que liga pra gráficos e joga no PC" do seu texto.
    Eu sou suspeito a falar disso pq eu tô no grupinho dos que não ligam pra gráficos. Tipo, me impressiono, claro, mas tô sempre mais preocupado com inovações e gameplay, além da questão sonora. Não migro pra PCs pq... sei lá, meus olhos sangram quando eu vejo o Windows, me lembra trabalho! hahuahuahuahua.
    OK, foi uma desculpa esfarrapada, mas eu nunca consigo manter o tom sério em um comentário.
    Remasters? Sim, a culpa é nossa! Briguinhas de frames e gráficos no console? Galera tá passando vergonha. Sim, os consoles estão correndo atrás do PC tem 10 anos fácil, essa geração foi a primeira da história que nasceu muito atrás dos PCs, diga-se de passagem. Todos os consoles são absolutamente mais fracos que o PC que era "recomendado" para jogos na época, nem tô falando de high end. Imagina se estivesse.
    Eu quero muito um PS4 Pro, quero muito jogar alguns exclusivos (um deles tem pra PC, SFV, o outro é Bloodborne), sem falar que nem tenho o console e já "tenho" (muitas aspas) mais de 70 jogos por ser assinante da PS Plus. Mas eu considerei muito por meses não comprar e pegar um PC forte. Desisti, ainda preciso quebrar alguns paradigmas mentais pra isso. Já fui jogador de PC, na metade dos anos 90, acumulei uns traumas, coisas que nem acontecem mais (obrigado, Steam!), mas enfim... respeito muito o mercado de PCs, infelizmente não vejo a recíproca com a maioria dos "PCzeiros", mas também não me importo.
    Aliás, sobre minoria barulhenta, deixa eles falando groselha, quem tá passando vergonha são eles.
    Eu até tinha mais coisas pra dizer, mas vou parar por aqui, comentário gigante já! hahahaha
    Só uma coisa: teve alguns comentários que publiquei que acho que não foram pro ar, depois dá uma olhada no Spam ou se estão pra aprovar. Se perdemos eles pra sempre, paciência, mas eu juro que tenho lido e comentado as coisas por aqui (talvez não o do Far Cry, mas eu não joguei e tal! rs).
    É isso!
    Valeu!
    Ótimo texto!

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  2. Cadu, tu é muito massa! XD

    Eu compreendo essa relação com o Windows te lembrar trabalho. Muita gente prefere o videogame justamente por já ter que ver o computador o dia inteiro. É normal. E ainda mais se você tá de olho nuns exclusivos, então o Play vai te servir melhor que um computador. Mas se quiser tentar, tem muito poucos problemas hoje em dia, há não ser uns jogos mal portados, mas isso, como eu falei, tá por tudo que nem praga.

    E não se preocupe com o tamanho dos comentários, pode postar do tamanho que quiser, eu sempre leio tudo! Só que realmente não achei nenhum teu aqui no Spam, eu acho que não foram postados mesmo, que droga :// Tenta postar usando talvez uma outra alternativa, como a opção Wordpress por exemplo, às vezes o que é do Google dá uma bugada.

    No mais, muito obrigado pela companhia de sempre! Abraços amigo!

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  3. Bem lembrado, gostei desta distinção entre jogabilidade, enredo e gráficos. Só os gráficos realmente se alteram, o resto é basicamente o mesmo. Talvez essa seja a ideia da Nintendo, fazer com que a jogabilidade seja única e deixar os gráficos para os outros irem atrás!

    Isso que você disse sobre o freio que o PC recebe só para não se destacar demais dos consoles eu já li coisas a respeito, não sei se é verdade pois não sou PC gamer, sou Notebook Gamer, quer dizer, estou em outro universo de jogos mais leves. Mas se isso realmente for real, é de uma desonestidade sem precedentes na indústria de games. Sacanagem mesmo!

    Essa distinção entre os dois mundos, PC e console eu concordo totalmente. São plataformas com suas especificidades, mesmo sabendo que todo console é um computador, a forma como ele é montado e seu uso e destino finais são muito singulares, o PC é algo totalmente aberto. O problema do console tentar ser um PC é que ele vai perder sua identidade, e se tudo ficar igual, qual o sentido de existir consoles?

    Ótimo texto Willi!

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    1. Muito obrigado, Ulisses! Sempre um prazer tê-lo por aqui!

      Algo que eu noto quando os barulhentos os quais me referi no texto vão brigar por gráficos e frames, é que eles tratam todas as plataformas do mesmo jeito, considerando a melhor, aquela que tiver os números mais altos. E não é assim. Como você bem apontou, cada uma tem suas particularidades, o PC no caso é algo multitarefas que também serve pra jogo, é um sistema aberto, o usuário vai usá-lo para outras coisas, vai fuçar em configurações, vai sentar perto, é diferente de um console ligado a uma TV enorme. Até o ambiente que você o usa é diferente, PC é mais particular por geralmente estar no quarto, enquanto o console muitas vezes fica na sala em função de aproveitar a melhor TV da casa. São mundos diferentes, por isso eu defendo que cada gamer deveria fazer suas reivindicações dentro do seu mundo, e não querer pegar o que é o do outro, porque aí a indústria se perde no rumo.

      Abraço, amigo!

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