domingo, 19 de fevereiro de 2012

Review: Super Mario World 2 - Yoshi's Island

Disponível para Super Nintendo (versão analisada) e Game Boy Advance.


- Boa tarde.
- Boa tarde senhor!
- Aqui é um blog de games?
- É sim, senhor.
- Fazem reviews aqui?
- Fazem sim senhor, quando o autor não está com preguiça.
- Será que eu posso pedir um review?
- Claro que pode, fique à vontade!
- Pois bem, eu gostaria de pedir uma análise do jogo Yoshi's Island, para Super Nintendo.
- Está com sorte senhor, o autor está jogando esse jogo! Vou avisar à ele, assim que ele terminar de jogá-lo, e que a preguiça passar, ele fará o review senhor!
- Assim espero. Até logo então.
- Até mais senhor, e volte sempre!

Olá pessoal! Como estão vocês? Após um longo tempo, trago-lhes, em meio a esse calor que acredito que todo o Brasil esteja passando, um review do game Yoshi's Island, para Super Nintendo!

Desde que consegui o emulador de SNES (isso já fazem anos), venho tentando jogar esse jogo, mas até agora não havia conseguido pegá-lo pra valer e ir até o final. Vocês já devem estar carecas de saber que eu não gosto de jogar no PC, prefiro mil vezes o conforto do sofá. Eis que um belo dia eu estava aqui, com meu emulador de SNES para PS3, sem nada para jogar, e pensei: "Agora que eu tenho esse jogo na TV, posso finalmente jogá-lo sem a desculpa do desconforto". Pois abri o game, e decidi de uma vez detoná-lo até o fim.

Mais ou menos na metade da jogatina, me ocorreu a ideia de analisá-lo. Decidi então zerar o game, para depois escrever uma análise com mais convicção do que eu estivesse dizendo. A preguiça que eu tinha de fazer o texto sumiu totalmente ao ver o nome do Point numa entrevista do meu querido amigo Leo S., do QG Master, ao Marcel do NaPraia4! (tive um orgasmo com essa entrevista kkkk).

Enfim, a análise está aí. Depois de mais de um mês sem reviews (é bem mais que um mês, mas é melhor eu não falar quanto é xD), tirei o pó dos dedos e botei a cabeça pra funcionar. Let's go, dudes!


O JOGO

Yoshi's Island foi lançado em 1995 para o Super Nintendo, trazendo uma história sem dúvida inesperada pelos jogadores de Mario: a origem do bigodudo, como tudo começou. Em outras palavras: o seu nascimento! O game, que na América recebeu o título adicional de "Super Mario World 2" (no Japão é apenas Yoshi's Island) surpreendeu os gamers da época com uma proposta totalmente diferente: desta vez, o personagem principal era o Yoshi!

Tudo começa quando Kamek, um feiticeiro do mal, sequestra os irmãos Mario (ainda bebês) da cegonha que os levava para seus pais (convenhamos que a história da cegonha é bem mais agradável do que a do repolho ou das sementes). Kamek, que faz parte do império Koopa, de alguma forma sabe que estes bebês darão incômodo para seu mestre Bowser no futuro. Só que, quando Kamek transportava os bebês para o castelo Koopa, ele deixou um deles cair. Esse bebê era Mario, e ele caiu na Yoshi's Island, a ilha dos Yoshis! Mario cai junto a um grupo de Yoshis. Estes acolhem o bebê, e decidem ajudá-lo a encontrar seus pais e também o seu irmão, que está com Kamek. Agora, começa uma aventura pela Yoshi's Island, onde os Yoshis terão que passar pelos servos de Kamek para conseguirem salvar o bebê Mario e levá-lo à sua família.

O game possui um total de 6 mundos. Cada um possui 6 fases normais, mais duas fases de castelo, e ainda mais duas fases secretas que só são abertas se você passar todas as outras 8 com score máximo. As fases são bastante coloridas e vivas, transmitindo um clima muito agradável ao jogador. Elas são bem ambientadas, com cenários internos e externos, e com músicas que combinam muito com cada lugar.

Falando em músicas, aqui está sem dúvida o ponto forte do jogo. A trilha sonora deste game é inesquecível, tal qual a do Super Mario Bros do NES! As músicas são MUITO lindas, muito bem feitas, muito bem compostas, enfim, são ótimas! Claro que, para a época, a gente não pode esperar um setlist gigantesco. Mas a simplicidade e a perfeição daquelas poucas músicas (deve ser em torno de umas dez) sem dúvida conseguem embelezar e muito o game. Destaque para a música dos mapas dos mundos, que conforme você progride no jogo, vai ganhando mais notas, até atingir a sua forma final. Um belo trabalho dos produtores, pois esses pequenos detalhes dos jogos são muito melhores do que "zerar e rezerar para abrir um personagem diferente", como é o caso hoje em dia.

O visual do jogo surpreende também. Ele é único entre todos os títulos do Super Nintendo: um visual dos sonhos, que parece desenhado à mão! Todos os detalhes, o modo como as fases são tonalizadas, a forma das coisas, tudo parece ter saído da ponta de um lápis! São fases belíssimas, muito bem trabalhadas e cheias de detalhes. Há também alguns elementos em pseudo-3D, que adicionam um pouco de complexidade a alguns trechos das fases. A parte gráfica de Yoshi's Island merece uma salva de palmas em pé.

O título é bastante dinâmico em termos de jogabilidade. Você fará várias coisas ao mesmo tempo, e deverá prestar atenção em tudo para não se atrapalhar. A mecânica do jogo consiste em plataforma misturado com "tiro ao alvo". O Yoshi deve comer os inimigos e transformá-los em ovos, para depois arremessar esses ovos contra outros inimigos maiores, ou contra obstáculos, ou até mesmo para coletar itens inalcançáveis. O sistema digestivo quase instantâneo que só os Yoshis tem! A língua imensa gruda nos inimigos e leva eles direto para o bocão quando você aperta Y, depois, apertando baixo, eles viram ovos. Aí, com A, o Yoshi apanha o ovo e faz uma mira, que está sempre se movendo, e, apertando A novamente, ele lança o ovo para a direção que a mira estiver apontando naquele instante. A mira não se move muito rápido, de modo que atirar aonde você quer não é uma tarefa difícil. Mas, caso seja necessário um "quê" a mais de precisão, você pode parar a mira com R, fazendo ela não se mover mais, assim tornando-se mais fácil acertar naquele lugar mais complicado. A explicação pode ser complexa, mas na prática você vai fazer isso tão rápido que nem vai notar!

O Yoshi pode carregar até 6 ovos por vez. Os ovos vão flutuando sozinhos atrás do dinossauro, pulam junto com ele, correm junto com ele, e estão sempre a mão para quando ele precisar. Quando você faz a mira, não precisa necessariamente ficar parado para atirar, você pode continuar correndo e pulando normalmente (no caso, se você fizer a mira e um inimigo te atacar, não precisa desfazê-la para desviar, pode se movimentar normalmente). Dependendo de onde você acertar, os ovos podem ficar se rebatendo, até mudarem de cor, podendo ficar amarelos, vermelhos ou até brilhantes, e aí você pode pegá-los de volta. Dependendo da cor, quando eles forem estourados de novo, eles podem lhe render alguma recompensa, como uma moeda, uma estrela, etc.

Não bastasse essa jogabilidade dos ovos, ainda existe todo um esquema com o bebê Mario. O danado não está só na história do game, ele irá acompanhar o Yoshi em sua garupa durante toda a aventura! (pois é, o coitado do Yoshi carrega esse fardo desde aquela época...) O bebê Mario é o principal elemento do jogo. O Yoshi deve ter cuidado para não ser atingido pelos inimigos, caso contrário o bebê Mario começará a chorar, e sairá voando dentro de uma bolha (o choro dele assombra todos que jogaram o game até hoje... puta choro chato!). Nesse momento, você deve esquecer de tudo, da fase, dos inimigos, de TUDO, e sair feito um louco atrás daquele bebê. Você tem alguns segundos para recuperá-lo, caso contrário os servos alados de Kamek aparecerão e levarão o bebê. Com isso você perderá uma vida, e terá de recomeçar a fase do princípio, ou então do checkpoint. Caso o Yoshi seja atingido sem o bebê, ele não morrerá, mas sairá rodopiando, consumindo ainda mais tempo para recuperar aquela cria dos inferno.

Esse tempo do qual falamos, é um contador que só aparece na tela quando o Yoshi perde o bebê. É uma contagem regressiva, cujo máximo é 30 segundos. Chegando a zero, os servos aparecem e levam o bebê. Você pode ganhar segundos para esse contador nos Check Points, que são anéis de brilho encontrados nas fases. Além de salvarem seu progresso na fase caso você morra, eles também lhe dão alguns segundos a mais. Além dos Check Points, você também pode ganhar segundos coletando pequenas estrelas que aparecem nas fases, geralmente em nuvens que você estoura com os ovos.

Por falar nas estrelas, elas, as flores e as moedas vermelhas são o que determinará o seu score na fase. São 30 estrelas, 20 moedas vermelhas e 5 flores por fase. Pegando tudo, você consegue o score máximo da fase, que é 100. Conseguindo score 100 em todas as 8 fases principais daquele mundo, você habilita uma fase extra e um bônus extra. É um saco, mas se você está disposto a se matar pra conseguir isso só pra abrir uma mísera fase a mais, e um bonuzinho a mais, vá em frente!

Bom, chegou a hora de falar das fases do jogo. Elas são longuíssimas, você vai perceber isso logo no primeiro mundo. E além de longas, só há um Check Point em cada fase! Ou seja, morreu, pode ir voltando lááá atrás. Morrer nesse jogo não é muito fácil, você só perde uma vida se o bebê Mario for sequestrado (quando a contagem regressiva acaba), se você cair em um abismo, ou se tocar em espinhos (por alguma razão, nesse jogo, espinhos matam na hora. E pensar que no Super Mario World o Yoshi corria por Murchers famintas e nem sentia nada...). Mesmo que morrer não seja tão fácil, ainda assim a falta de Check Points é um grande defeito do jogo, pois, diferente do Super Mario World que é só ir correndo e você passa de fase, aqui as fases possuem uma porção de coisinhas pra você fazer, como abrir aqui, chegar lá, etc, e ficar fazendo isso repetidamente enjoa pra caramba. Digamos que uns 2 Check Points por fase não seriam uma má ideia.

Essa é um fator até mesmo crítico do e para o jogo. Há lugares que chega a ser enjoativo, eu por exemplo quase parei de jogar um pouco antes do fim de tão chato que estava, pois o game é bastante repetitivo. Ainda bem que as belas ambientações áudio-visuais dão uma aliviada, mas se não fosse por isso, bem menos gente chegaria ao fim do game, pois depois de um certo tempo jogando, você vai notar a repetição.

No fim de cada fase, tem uma roleta com sementes e flores. Quando você passa de fase, a roleta começará a girar. Se parar em uma semente, não acontece nada. Se parar em uma flor, você irá para um bônus. Os bônus do game são bastante divertidos, tem jogo da memória, tem aqueles de virar os ícones corretos, em suma, são todos bastante descontraídos, e se você ir bem à ponto de terminar o desafio do bônus, pode ganhar inúmeras vidas!

THE END

Prós: Beleza gráfica e sonora, jogabilidade bastante dinâmica, história curiosa.
Contras: Em alguns momentos o jogo torna-se repetitivo ao extremo.
Considerações finais: Super Mario World 2: Yoshi's Island foi um game que marcou o SNES por sua singularidade, suas características únicas e seus trechos memoráveis. É um título que vale a pena ser jogado, pois trata-se de um jogo belíssimo e muito bem feito. Conhecer a origem dos irmãos encanadores da Nintendo não poderia ser melhor!

12 comentários:

  1. Bem legal o review, esse jogo tem uma qualidade gráfica muito boa, até hoje quando coloco ele no super nintendo fico impressionado, parabéns pelo review!

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  2. muito legal esse review adoro esse jogo faz minha alegria no meu snes e a nintendo sesupeou com os grafico q conseguiu naquela época e concordo com vc algumas partes sao muto reetitivas mais nao desmerece ogame na minha opiniao.faz um review do secret of evermore

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  3. Wee finalmente,bela review,me deu vontade de jogalo,assim que tem de ser uma review,fazer a galera ter vontade de jogar!
    Muito bao cara,continua assim !

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  4. Opa, vivas para o Marcel do NaPraia4 e para o Léo do QG Master que tiraram sua preguiça mencionando o blog! URRA! huahuahua
    Yoshi's Island não me encantou tanto quanto o primeiro Super Mario World, mas também nunca me dei a oportunidade de jogar esse jogo pra valer. Em 1995 acho que foi a época em que comecei a deixar consoles de lado e passei a jogar mais no PC, que era uma grande novidade pra mim. Mais pra frente eu passei a desconsiderar o PC, como mencionei já em outras oportunidades.
    E lembro que uma das coisas que me fez não levar o jogo a sério foi justamente o choro xarope do Baby Mario, caçarola que coisa chata! Fora que chega a deixar o jogador em pânico pra não perder o bebê pros capangas do bruxo malvado enquanto o restante do jogo se encarrega de atrapalhar a recuperação dele.
    De qualquer forma, é um jogo a ser jogado no futuro, em algum emulador, claro!
    Muito bom o review, vê se não fica com preguiça de soltar mais, pô! haha!
    Abraços

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    1. Gamer Caduco, meu ídolo marcando presença aqui no Point! Então, de fato esse choro é um xarope mesmo, é difícil de suportar, e como você disse, o resto do jogo já se encarrega de não te deixar recuperar a bendita criança!

      Pra mim ele também não me encantou como o primeiro Mario World, mas mesmo assim é um bom jogo. Mas não voltei a jogá-lo depois que zerei. Enjoa um pouco, como eu disse no review, hehe!

      Ah, e claro, um "auê" pro Marcel e pro Leo que tiraram a minha preguiça! O que uma citação com o nome do seu blog não faz, kkkk

      Abraços a todos.

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  5. Discordo que o jogo se torna enjoativo. Ao contrário de títulos como o próprio Super Mario World, ele não te obriga a passar uma quantia de fases para chegar a um Save Point. Você pode jogar o tanto que quiser, já que após uma simples fase ele já salva automaticamente pra você continuar quando quiser.

    Só se torna enjoativo se você joga sem parar, o que convenhamos, acontece com quase todo game.

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  6. p mim foi o pior jogo da serie quando foi lançado esperava uma continuaçao do primeiro assim como s serie do donkey kong

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  7. Eu recem venci o game num emulador para celular android, e a tela THE END ainda esta la, quanto tempo devo esperar para ela sumir???
    Espero que me ajudem.

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    1. Olá Anônimo. Quando eu zerei o game e veio essa tela, eu saí do jogo e quando abri de novo o jogo iniciou normalmente. Alguns jogos de Super Nintendo quando zerados ficam na tela de The End, isso é do jogo mesmo. Só com reset ele volta ao game.

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  8. Jogo sensacional joguei ele e curti pra caramba sua última fase complica um pouco mas é só ficar atento que você tira de letra tem uma ótima trilha sonora.

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